Desde a década de 90 o volume de material publicado sobre a área ambiental vem crescendo muito. Juntamente, a partir dos anos 2.000, empresas vem entendendo a importância do ESG e se comprometendo com as ODS da ONU. E então uma avalanche de conteúdo e novos posicionamentos surgem com base na transparência e nas boas práticas, entendendo que consumidores preferem marcas que se engajam em causas de impacto. Isso tudo pode ser muito legal, quando verdadeiro. Mas queremos trazer aqui uma reflexão que vai um pouquinho além.
Existem alguns gaps entre o que é pesquisado, o que é realizado, o que é comunicado e o que é entendido pelo público quando o assunto é boas práticas, o que traz a tona a necessidade de discutir o papel das marcas em moldar as ações das pessoas, no sentido de transformar seus hábitos e ampliar sua consciência para além da venda de seus produtos. Mas vamos por partes:
Temos um caminho contínuo para de fato engajar as pessoas e conscientizá-las dentro das causas e bandeiras que escolhemos apoiar.
Sem dúvida alguma o início do percurso está na comunicação. Explicar o que estão fazendo, seus processos, programas e metas. Mas não só isso. Prestar atenção na dificuldade que o público tem para o entendimento dos temas, o excesso de informações e até como lidar com a falta de esperança, que bloqueia qualquer mudança individual. Depois, em escala um pouco menor, está a percepção. O quanto cada empresa consegue de fato sensibilizar seu público e fazê-lo mudar de ideia ou olhar por outro ponto de vista. E por último, em menor escala, a ação.
Quantas marcas proporcionam meios de as pessoas de fato contribuírem para uma ampliação dos resultados das causas que elas defendem? Qual o tamanho dessa estrada do conhecimento até a ação? Comprar produtos de marcas que estão fazendo a diferença é importante. Mas será que não dá para ir além?
É sabido que por meio de suas estratégias de marketing, comunicação e responsabilidade social, as marcas têm o poder de influenciar o comportamento dos consumidores e isso inclui, incentivá-los a adotar práticas mais sustentáveis. Com isso em mente, utilizamos o integrative brand graphic*, que apresenta ideias, formas e avanços para a estratégia de negócios relacionadas a sustentabilidade, responsabilidade social e conscientização de consumidores.
*autoria de Roberta Hentschke
Entendemos que a conscientização através da informação responsável é o início de tudo, trazendo conhecimento para o consumidor, tanto de práticas internas quanto questões locais e globais. A partir das próprias práticas e de uma forte cultura interna, a empresa dá o exemplo e incentiva outras práticas, para então proporcionar transformações que vão para além do seu negócio. Proporcionar benefícios aos consumidores, que influenciam no seu dia a dia, por exemplo, podem gerar mudanças de comportamento relevantes. Por último, e no ponto alto, proporcionar formas para que o cidadão possa ele mesmo fazer a diferença, gerando impacto e transformação no seu entorno. A ideia do gráfico é apresentar a integração das causas que as marcas assumem para si, com seu poder mudança de atitude e transformação, em uma jornada de consciência e desenvolvimento, sempre gerando resultados.
Agora é olhar para dentro e entender onde você está neste gráfico e onde gostaria de chegar. Fazer isso a partir de uma estratégia de marca é fundamental para que tudo faça sentido e esteja ligado ao seu DNA.
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